VIVER COM AMOR

 Sou uma pessoa muito sensível, de sorriso e gargalhada soltas, de servir ao próximo, de me aproximar das pessoas naturalmente e, de profunda fé. Fui feliz e continuo sendo, por ter em minha vida, vivido um intenso e profundo amor. Ao meu lado durante 47 anos e 6 meses, um companheiro inigualável; fiel; brincalhão comigo; viajante; cuidadoso com minha saúde; acompanhante nas minhas visitas às amigas e o colóquio amoroso no dia a dia. Como já disse várias vezes e, continuo dizendo, que um amor como o nosso, precisa ser propagado em todos os cantos do mundo. É importante que as pessoas vejam e sintam que o amor existe, principalmente os jovens dessa nova geração que precisam ser incentivados a acreditar na existência do amor e valorizá-lo. É de suma importância que sejam influenciados pelos pais, avós, tios, amigos no quotidiano, na convivência diária. Os filhos quando presenciam cenas de agressões, de palavrões, de falta de respeito. O que aprendem, então? A ver que conflitos vivem interligados entre os casais. Que o companheirismo, que a parceria, o diálogo, a bondade, o afeto, o abraço, não são essenciais para uma vida saudável e feliz. Não tive a oportunidade de uma convivência por muito tempo com o meu pai. A sua morte prematura, deixou todos nós, minha mãe e os seis filhos sem chão. Foram dias devassadores, dias de inquietações, falando francamente, sem rumo. Minha mãe, jovem, com apenas 36 anos ficou desorientada e com seis filhos para criar. A depressão chegou e, foi tomando forma de um gigante e, assim, apesar, de vários tratamentos consumiu o seu estado orgânico e de humor. Mas, nós tínhamos um Anjo da Guarda sempre atento e foi o nosso guardião. Os ensinamentos gerados e implementados por meu pai para com os filhos, a sensibilidade, a educação, a maneira de sentar à mesa nas refeições, a obediência, o cuidado e o zelo, a recitação do terço diário, suporte que nos tornaram pessoas honestas, educadas, pontuais e de olhar o outro como nosso irmão. Que melhor exemplo podíamos receber dos nossos pais. E, jovem ainda, pensando no meu futuro, pedi pra Deus que me fizesse feliz no matrimônio. Que trouxesse para minha vida uma pessoa do bem, que nos completássemos. Que São José, o pai adotivo de Jesus, que comentavam e, escutei muitas vezes que era o protetor da família e arranjava bons casamentos. Minhas orações se dirigiam a ele pedindo a minha alma gêmea, e a graça foi alcançada. Em 9 de fevereiro de 1972, nós selamos o nosso amor, diante de Deus e, dos homens, na Matriz de Nossa Senhora das Dores, com muita simplicidade e o celebrante o nosso querido amigo, padre Murilo de Sá Barreto. O nosso 1º filho, Michel, nasceu em 1973, um ano depois do casamento e o 2º, Daniel Junior, em 1977. Amor cumplicidade, amor verdadeiro, amor doação. Nos 47 anos e 5 meses, e 3, entre namoro e noivado, completamos Bodas de Ouro, em 04 de abril de 2019. Nós estávamos em Fortaleza, no apartamento de minha irmã, Analuce, por motivo da cirurgia do meu amado, Daniel. Lembrei pra ele, o dia do nosso encontro, 6ª feira da Paixão de 1969, no Horto. Falei pra ele: - "Meu bem, hoje completamos 50 anos de amor, Bodas de Ouro, digo melhor, 100 anos de amor, juntando os dois. Recebi como resposta sua, um grande sorriso e, disparei a Cantar, "parabéns pra você!" E viva nós que estamos comemorando uma tão significativa data." Toda  essa narração tem um motivo muito forte, muito claro que é a vida em um ambiente amoroso, de paz, de harmonia, de encantamento e dedicação. Às vezes paro e fico a pensar: "Se fosse o contrário, se fosse eu e, não ele, que tivesse m morrido, tudo isso não estaria acontecendo. Proclamar o nosso amor, o que vivemos tão intensamente, Daniel não daria uma palavra a esse respeito. Ficaria calado, sofrendo, se isolando a cada dia, e não dando oportunidade para que outras pessoas assistissem de perto, através de mensagens, de reflexões, de live, depoimentos nas igrejas, o céu em que vivemos aqui na terra. E disponho o nosso segredo, as nossas fotografias que retratam com fidelidade o autêntico amor vivenciado por nós.


        


















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