A HISTÓRIA DE UM PAR DE CADEIRAS DE BALANÇO
Quando criança, acompanhando meus pais em visitas a amigos em suas casas, deparava-me com uma dupla de cadeiras de balanço belíssima. No espaldar e no assento contemplava a palinha toda entrelaçada, a cadeira na cor escura que me levava a imaginar como seria bom me sentar em uma delas. Vaga ilusão! As cadeiras eram de um valor muito alto para as posses dos meus pais. O que fazer, então? Só admirá-las. Nós crianças, nem pensar em sentar nelas, somente os visitantes e os seus donos. Mas, o tempo foi passando, passei da infância para adolescência. Tempo de sonhos e de esperanças. De namoro. De amigos verdadeiros (colegas de colégio). De despedidas. De sentir saudades. Vez por outra em grupos de estudos nas residências de minhas colegas, encontrava as tão sonhadas cadeiras. O seu requinte imperial continuava a me fazer sonhar que num futuro não muito longe, quando possuísse a minha casa própria, elas ocupariam um lugar de destaque e que me fartaria de usufruir do seu embalo. Entretanto,