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Mostrando postagens de abril, 2021

SEU NOVINHO, PAI E MÃE DE GÊMEOS

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                            N os meus passeios de carro para desopilar de dias tenebrosos e de tristeza, passando no bairro  Tiradentes, na Rua Ver. José Almeida Gonçalves, 558, vi um verdadeiro jardim na calçada que me chamou a atenção. Parei o carro e vi, saindo de dentro das plantas um senhor franzino. Saudei-o com um bom dia e, lhe falei: "Estou admirada com o seu jardim na calçada, muito bem cuidado, parabéns!" Ele riu muito satisfeito. Desci e comecei a conversar com ele, pedi que ele usasse a máscara para nos proteger, ele assentiu e, sem delongas ele recitou uma poesia bem interessante sobre o mal do momento, a covid-19. Quis gravar, mas não deu tempo. Expressava muito rápido o verso e também era longo. Apesar de ser uma pessoa não muito letrada, explicou muito bem o que tem causado essa terrível doença. Perguntei o seu nome, ele me disse: "Meu nome é João Claúdio, mas ninguém me conhece por esse nome, sou conhecido como Novinho.                          C ontinu

MEU BEM, VIGÉSIMO PRIMEIRO MÊS DE MUITA SAUDADE

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                            A lô bem! Alô, você está me escutando? Hum! Estranho, parece que não! Oi, oi! Não se faça de desentendido, é uma boa notícia. O que quero dizer-lhe, é que o nosso jardim, da "Vivenda do Amor", está muito florido. As flores se encantam com o nosso cuidado, o seu e o meu. Elas se desdobram para nos agradar, para nos fazer sorrir e apreciar as coisas maravilhosas que Deus nos proporciona. Bem, vem cá, me aconchega em seus braços, faz aquele cafuné que só você sabe fazer. Recordar é tão bom de coisas espetaculares que vivemos, mas, tenho que lhe falar, não posso calar, a garganta entala e uma leve lágrima cai no teclado do computador ao lembrar que 21 meses já se passaram do seu encontro com o Pai.                          É duro , é cruel a sua falta. Ao mesmo tempo encaro como uma dádiva esplêndida do Pai das Misericórdias, em poupá-lo do desgaste emocional, psicológico que você ia passar com a terrível doença que assola o mundo, a covid-19. Um víru

UMA HISTÓRIA DE DESAPEGO

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            Meu pai , Luiz Pereira, conhecido como Lulu, era uma pessoa muito caridosa. Sempre aos domingos, visitava a Capela do Socorro e distribuía a cada velhinho uma pequena esmola. Em seguida levava alguns mantimentos para o Abrigo dos Idosos, na Rua São José. Abraçava um, conversava com outro, e após às visitas aos aposentos dos idosos, sentava no refeitório e ficava arrodeado deles, para que contassem suas histórias. E nesse ritual dominical eu gostava de acompanhá-lo. Algumas vezes me entristecia, vendo-os deitados, mal falando e, com ferimentos abertos e alguns, cegos, necessitando da ajuda dos outros. Mas, não posso lamentar, foi um grande aprendizado para mim. Dessa maneira, não foi difícil aprender a ajudar ao próximo. Com apenas 12 anos, após a morte do meu pai, assumi um cargo de muita responsabilidade, auxiliar minha mãe Zeneida, na educação dos meus 5 irmãos. Uma missão deveras difícil para a minha idade. E assim, um pouco obrigada pelas circunstâncias me tornei adult