RECEBI ALTA DA TERAPIA

  

          Há mais de 20 anos faço terapia. Passei por algumas psicólogas, cada uma, deixou-me um legado, uma lição e mais experiência. Motivos das mudanças: não atendimento pelo meu plano; mudança de endereço para outra cidade e por algum tempo, fiquei sem as sessões de terapia. Estava dando para aguentar, fazendo as nossas viagens. De repente, meu sogro, seu Zeca, adoeceu, teve que ficar hospitalizado, chegando a falecer. Tivemos que redobrar os nossos cuidados com dona Maria, minha sogra, que ficou muito abalada com a morte do seu amado companheiro de 72 anos de uma união de muito amor. Após alguns meses do falecimento do meu sogro, em 2011, dona Maria ficou doente. Levamos para alguns médicos, mas nada de descobrir o seu problema. Carlos Alberto e Ozenir vieram de Fortaleza para levá-la, afim de consultá-la em um centro mais avançado. Muitas consultas, muitos exames e finalmente o diagnóstico, problema na vesícula e devido a sua idade não podia ser operada. Voltou para Juazeiro e ficamos cuidando dela juntamente com uma sobrinha de seu Zeca, Nilde. Foi quando comecei a sentir os primeiros sintomas da depressão, ela chegando de mansinho. Busquei então, ajuda de um psiquiatra. A angústia, a ansiedade, deram os primeiros sinais de alerta, para que tomasse cuidado. Mas o quadro da doença de minha sogra avançava a cada dia, o seu corpo definhando. O estresse chegou, fiquei muito fragilizada e a depressão se apossou de mim. Por tudo chorava, a insônia chegou e fiquei esgotada.

           No mês de outubro não estava aguentando mais, a dor no estômago dando choques e, fui em busca de um médico que curasse essa dor. Peguei a relação dos médicos conveniados do meu plano e o amor de Deus me mostrou o nome de dr. Wladimir Márcio. O seu consultório funciona na Clínica Núcleo, Rua São José e lá fui em busca de alívio. Fui muito bem acolhida, ele deixou-me à vontade para contar o que estava passando e, assim o fiz com muita naturalidade. Contei da genética materna que já carrega consigo a depressão. Depois de me ouvir por mais de uma hora, prescreveu os medicamentos que deveria tomar e que observasse algum sintoma que surgisse após a ingestão dos medicamentos. E que com um mês queria me ver para uma avaliação. Passei logo na farmácia para comprar os medicamentos e já dei início ao tratamento. Comecei a sentir melhoras depois de 15 dias. Tempo necessário para a absorção do remédio em meu organismo. Dia após dia uma pequena melhora. Retornei na data prevista e falei de todo processo que aconteceu comigo durante o mês. Em sua avaliação, disse-me que continuasse obedecendo aos horários dos medicamentos e que não ia mudar nada. Caso sentisse algo estranho o comunicasse imediatamente. O retorno para dois meses. Passou para três meses e depois para 2 consultas no ano.

            Em 2019, Daniel adoeceu. Fomos para Fortaleza para que ele fizesse o tratamento. E quando voltamos, era o tempo da minha consulta. Contei para dr. Wladimir tudo que aconteceu e como eu estava me sentindo. Acrescentou um medicamento para me acalmar. Antes de completar dois meses que tinha me consultado Daniel chegou a óbito. Com os meus remédios que tomo diariamente consegui vencer a partida do meu amado sem desespero, sem escândalo e controlada. Logo após, marquei uma consulta porque precisava de orientações, de como agir sem o meu companheiro, sem o meu amor fisicamente. Uma consulta demorada, continuar com os mesmos medicamentos com uma dosagem maior. E acrescentou: "Dona Tereza volte para as sessões de terapia, a senhora precisa."

            Segui seu conselho e procurei uma psicóloga na lista dos conveniados do meu plano. Escolhi a dra. Angélica Lobo e, sei que foi Deus que me guiou. Sessões semanais, as primeiras marcadas por lágrimas, outras, relatando fatos que me faziam sorrir. Sentia-me em cada terapia um avanço. Mas, chega a pandemia. Mudança radical. As portas fecharam-se, com exceção de farmácias, supermercados e emergência em hospitais. E agora, vou voltar a estaca zero sem a terapia. Porém, Deus me reservou um alento, as Missas pela televisão, diariamente. Foi um grande suporte para me tirar do isolamento. Nisto, recebo ligação do consultório avisando que a doutora já estava atendendo, agendei logo. E assim, por quase dois anos fui assistida e auxiliada pelo exímio trabalho desta excelente profissional. Nas minhas observações senti que estava bem e que precisava assumir sozinha o meu caminhar, e falei: "Dra. Angélica, eu estou bem! Ela olhou bem para mim, bateu palmas e, exclamou: - "Parabéns senhora Neuma, fico muito feliz em saber que obtive o sucesso desejado." Acrescentei: - Dra. Angélica   as nossas conversas, as suas orientações, o estímulo que recebia para escrever, tudo isso contribuiu para o meu progresso, o meu fortalecimento como pessoa dentro dos padrões da normalidade. 

         Lembro também da life que fizemos juntas para darmos um exemplo de como a terapia é necessária para os doentes da alma. Agora, resta-me agradecê-la do fundo do meu coração a sua abnegação, a sua disponibilidade em me ajudar.

           Sei que vou sentir faltas das nossas conversas, da sua escuta dos meus desabafos, dos seus ensinamentos e orientações. Mas, fique ciente, que uma vez ou outra com antecedência marco um horário para lhe ouvir, para conversarmos e matar as saudades.                                                                                                                 





                                                    


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