50 ANOS DE CASAMENTO, BODAS DE OURO, COMEMORAMOS HOJE EM RÁPIDAS PINCELADAS
Venho matutando há alguns dias, explorando os meus pensamentos, deleitando-me com lembranças de um longínquo dia de fevereiro de 1972, uma terça-feira, precisamente dia 09. O dia amanheceu chuvoso. Fiquei preocupada, a ansiedade se apoderou de mim. Comentários surgiram entre os familiares e vizinhos que eu tinha comido em panela. Fiquei chorosa, o cabelo para arrumar, a mesa preparada com o bolo confeitado, pensava, vai estragar tudo. À tarde uma leve garoa, mas o sonho se realizou sem contratempos. O noivo avesso a comemorações aceitou apenas uma pequena comemoração na residência dos meus pais. Ele acertou com o sacerdote amigo, padre Murilo de Sá Barreto um horário, e avisou para alguns familiares, colegas de trabalho e amigos afins um horário diferente, horário este que a cerimônia tinha já acontecido. Tudo muito simples de acordo com os nossos anseios. E um detalhe, o meu noivo, o senhor sério Daniel, não quis passar vexame e combinou comigo que ele sairia da casa dos seus pais na mesma hora que eu saísse da minha casa. Liguei avisando que estava partindo, isso tudo para não ter que esperar a chegada da noiva que sempre atrasa. Chegamos iguais, ele entrou acompanhado de sua cunhada Evelyn, esposa de Samuel, que foram os seus testemunhos. E, eu entrei, logo em seguida, acompanhada de meu padrasto, João. Dona Maria, sua mãe não esteve presente, surgiu um problema de saúde que a impossibilitou de participar.
Após a cerimônia, de mãos dadas saímos, sorridentes e felizes em busca da felicidade. Fomos à casa dos seus pais para receber a bênção de sua mãe e de lá fomos para minha casa, onde alguns convidados já nos esperavam. Bolo cortado e distribuído, taças trocadas brindando ao nosso amor e após recebermos as felicitações fomos bem agarradinhos para o nosso lar. Casa essa que ficava em frente à casa dos meus pais.
Casa dos seus pais
O nosso lar na Rua São José, 773. Foi nele cheio de amor que conseguimos comprar o nosso primeiro carrinho, um fusca marrom claro de segunda mão. A carteira de motorista de Daniel, um sonho concretizado. O nascimento do nosso filho, Michel e a compra de um terreno para no futuro construirmos a nossa casa com garagem, pois o nosso carrinho dormia na rua e o medo era grande de sermos roubados.
Resolvemos vender a casa o “nosso lar”, o lar que vivenciou o nosso amor, e passamos a morar em uma casa alugada, na Rua Padre Cícero até construirmos a nova casa.
Frente da casa da Rua Padre Cícero, 960
E três anos e meio se passaram e no dia de São José,
19 de março de 1977, fizemos a nossa mudança. A casa espaçosa, com jardim e
quintal para o nosso deleite e dos nossos filhos, porque Daniel Junior estava a
caminho. Comemorações de aniversários dos meninos com os amiguinhos vizinhos; a
1ª Eucaristia; trabalhos escolares em equipe, sempre escolhiam fazer em nossa
casa; o pé de seriguela plantado no quintal era uma diversão para os amiguinhos
vizinhos; ensaios da banda de Michel, tiravam o meu sossego e a amizade que
construímos com os vizinhos; a comemoração dos meus aniversários com amigas e
amigos, colegas de trabalho da época em que trabalhei na Escola Maria Amélia,
com familiares e vizinhos.
Os filhos cresceram e aos pouquinhos foram nos deixando. Saídas
à noite. Shows das bandas em cidades vizinhas. Namoros firmes e por fim o que
nós pais já sabemos, que eles seguirão seu destino, e o destino mais provável é
o casamento. E foi o que aconteceu com os nossos filhos.
A alegria chegou de mansinho para nos alegrar ao sabermos que breve seríamos avós. Tempo de espera e de expectativa. Será uma princesinha ou um principesinho? Logo, logo soubemos e, que foi pra nós uma alegria dobrada. Iríamos acalentar em nossos braços uma menininha, no nosso caso acalentamos dois menininhos.
Chegou a primeira netinha, Heloísa vindo preencher e alegrar os nossos
dias. E um ano após, chega Isadora, a segunda netinha. O domingo era dia de
festa, de brincadeiras, de passeios, de banhos de piscina de plástico no nosso
quintal florido.
Construímos nossa nova casa no Bairro Novo Juazeiro por ser tranquilo e longe do barulho do centro da cidade. A casa bem menor em relação à outra, mas com um detalhe, um jardim grande para me agradar, assim se expressou o meu amado Daniel. E no dia 12 de outubro de 2014, dia de Nossa Senhora Aparecida, nos mudamos para o novo lar, a quem batizamos de Vivenda do Amor. Dia de cansaço e dia de alegria. Tantos planos para executarmos. Arrumar tudo nos devidos lugares; preparar o jardim para receber as plantas que trouxe da outra casa.
Casa do Novo Juazeiro, Rua José Leite da Silva, 280,
Um dia histórico de nossas vidas a Comemoração das nossas Bodas de Prata, em 09 de fevereiro de 1997, na Capela de São Vicente, celebrada por padre Murilo e, fizemos novamente a renovação do nosso matrimônio, perante Deus e as pessoas presentes em um clima de sublimação, de alegria, de testemunho de um amor infinito, baseado na fé e na confiança em Deus. No anexo ao lado da capela, o salão de eventos, servimos um café da manhã com muito bom gosto e requinte.
O almoço foi oferecido por meu irmão Aldo/Vânia, um saboroso churrasco em sua chácara no Sítio Mata, Município de Barbalha. Um dia muito festivo em que a conversa rolou solta e o som do violão e da voz de Antônio Luiz, da voz de sua esposa, Alda e da voz do anfitrião. Um dia maravilhoso de emoção.
O tempo passando e a solidez da nossa união mais crescente, mais pegajosa, harmoniosa e com cheiro de amor. Comemoramos outras bodas: de Pérola, 30 anos; de Coral, 35 anos; de Rubi, 40 anos e a de Esmeralda, 45 anos. Nos meus sonhos já me preparava para a comemoração das Bodas de Ouro, 50 anos. Imaginava como seria a lembrança, pois sempre gostei de a cada comemoração de 5 anos, marcá-la com um mimo, uma lembrança da nossa felicidade.
Hoje, 09 de fevereiro de 2022, nossas BODAS DE OURO acontecem, 50 anos de um amor sem limite. E a lembrança, daqui da terra rejubilando-me por sua presença marcante em minha vida a partir de 09 de fevereiro de 1972, e você rejubilando-se no infinito por este amor que juntos construímos e que comemoramos a união de duas almas em um só corpo, como somos nós.
Parabéns mnha prima ,por ser esse exemplo de amor imprescritivel para com o seu amado Daniel
ResponderExcluir